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Degradação da Amazônia Legal cresceu 482% e desmatamento 68% indicam dados do Imazon de janeiro e fevereiro de 2025

Extração de madeira e queimadas, os grandes responsáveis pelos maiores índices até então já verificados de degradação da amazônia legal, em relação à série histórica, em levantamento feito até fevereiro de 2025.

Foram 33.807 km² de florestas degradadas. O Pará e o Maranhão são os Estados mais afetados, acumulando 89% da área impactada. Entre os 10 municípios mais afetados, sete são paraenses, dois são maranhenses e um está no Mato Grosso.

Os dados são do SAD – Sistema de Alerta de Desmatamento, do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia e englobam o período de agosto de 2024 a fevereiro 2025.

O Ciclo de Desmatamento de 2025 medido pelo Imazon corresponde ao período de agosto/2024 a julho/2025. Assim, os dados apontados são parciais para o calendário do período. No Total houve um acréscimo de 482% na área degradada de agosto do ano passado até fevereiro deste ano.

É bom ressaltar que degradação e desmatamento são eventos diferentes. A degradação pode facilitar o desmatamento por tornar a região natural mais vulnerável. Uma e outra, causam impactos diferentes e apresentam distintas possibilidades de recuperação.

A degradação ocorre quando a floresta sofre danos consideráveis, entretanto, não acontece a remoção total da vegetação. A área afetada pode ser regenerada de forma natural ou por ações de restauração por interferência humana. O corte para exploração madeireira e as queimadas são os principais responsáveis pela degradação florestal.

O desmatamento, diferentemente é mais impactante, a floresta é removida totalmente visando a utilização da área para outros fins. A floresta original se perde totalmente, sendo muito difícil a sua recuperação de forma natural.

O mês de fevereiro de 2025 registrou 211 Km² de floresta degradada, um aumento de 1407% em relação ao mesmo período de 2024. Um índice recorde, o maior até então já registrado no período.

Ainda segundo o Imazon, no mês de Janeiro de 2025 foram registrados 133 Km² de floresta desmatada, um aumento de 68% em relação ao mesmo mês de 2024.

O Brasil será o anfintrião para a realização da COP-30 – a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, tendo como sede, Belém, a capital paraense.

Cinco das oito unidades de conservação que mais sofreram degradação estão no Estado do Pará. Uma está no Amapá, outra no Maranhão e ainda mais uma no Mato Grosso.

Entre as áreas degradadas estão também duas terras indígenas importantes, ambas no Pará. As Terras Indígenas Anambé e Alto Rio Guamá concentraram uma devastação equivalente a 42 campos de futebol por dia de vegetação devastada apontou o Imazon.

Imagem da capa – Foto de Zoran Milosavljevic – pexels.com – Disponível em: https://www.pexels.com/pt-br/foto/madeira-floresta-selva-mata-13397505/

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Foto de Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga é criador e editor do Site Biota do Futuro. Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental e em Imunologia e Microbiologia. Apaixonado por educação, pesquisa e por divulgação científica.

Como citar este conteúdo: ALVARENGA, Jefferson. Degradação da Amazônia Legal cresceu 482% e desmatamento 68% indicam dados do Imazon de janeiro e fevereiro de 2025. Biota do Futuro. Betim, 25 de abril de 2025. Disponível em: https://www.biotadofuturo.com.br/degradacao-da-amazonia-legal-cresceu-482-e-desmatamento-68-indicam-dados-do-imazon-de-janeiro-e-fevereiro-de-2025/. Acesso em 01/05/2025 às 21:52 h.

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