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sábado, 4 maio 2024

Anatomia e Fisiologia da reprodução em Angiospermas

Voltamos de novo ao assunto das plantas com flores, as angiospermas. Vamos tratar hoje sobre um pouquinho da anatomia e fisiologia da reprodução neste grupo de vegetais.

As angiospermas co evoluíram com outros organismos, se beneficiando disso para o seu sucesso ecológico no planeta.

A evolução floral, recebeu enorme contribuição dos insetos e outros animais, onde todos os componentes envolvidos passaram por adaptações para melhor satisfazer as necessidades de cada um.

As cores das flores funcionam como avisos visuais aos seus polinizadores e são obtidas por pigmentação de dois tipos os carotenóides e os flavonóides principalmente.

Os nectários são glândulas que secretam néctar um fluído açucarado que atrai polinizadores e fornece alimento e nutrientes a eles.

O material espermático masculino, se desenvolve no interior do grão de pólen no saco polínico e é tricelular. O que isto significa?

Significa que o grão de pólen maduro ou germinado transferido para o estigma pela polinização, contém uma célula do tubo e dois gametas.

No estigma, uma das partes femininas envolvidas na reprodução das plantas com flores, o grão de pólen se hidrata e forma o tubo polínico.

Para o crescimento do tubo polínico o estigma sofre modificações fisiológicas e estruturais, secretando uma solução açucarada por um tecido glandular.

O óvulo ou saco embrionário é composto de sete células e oito núcleos sendo, 1 oosfera, 2 sinérgides, 1 célula central, e 3 antípodas. Sendo todas nucleadas logicamente, porém a célula central possui 2 núcleos.

O tubo polínico cresce dentro do estilete transportando os dois gametas e o núcleo da célula do tubo.

Um sinal químico liberado pelas sinérgides atrai o tubo polínico até o ovário ou saco embrionário.

No percurso modificações citoplasmáticas das células do tubo polínico sintetizam um material que une as três células masculinas do grão de pólen.

O tubo polínico atinge o ovário ou saco embrionário e entra no óvulo pela micrópila penetrando uma das duas sinérgides onde descarrega as três células masculinas.

Em seguida um dos gametas entra na oosfera fecundando-a formando o zigoto e o outro entra na célula central unindo-se aos dois núcleos polares. O zigoto desenvolve-se no embrião que é diplóide.

A medida que o material espermático masculino se aproxima da oosfera e da célula central, esta última forma extensões celulares para recepcionar os gametas.

Na maioria da angiospermas apenas um dos gametas é funcional e fecunda a oosfera. O outro degenera.

O envolvimento de dois gametas sendo que um fecunda a oosfera e o outro se une aos núcleos polares se degenerando é chamado de dupla fecundação, fenômeno que só compartilhada no reino vegetal com duas espécies de gnetófitas do grupo das gimnospermas.

A fusão de um dos gametas masculinos aos dois núcleos polares femininos é chamada de fusão tripla, resultando no núcleo primário dos endosperma que é triplóide.

Para concluir o processo, o núcleo da célula do tubo degenera, bem como a sinérgide remanescente e as antípodas.

Em angiospermas a fecundação é indireta pois o pólen não entra em contato direto com os óvulos, passando antes pelo estigma e pelo estilete antes de atingir o ovário onde estão os óvulos.

Em gimnospermas, como vimos em posts anteriores a polinização é direta. O tubo polínico cresce diretamente dentro do óvulo.

O autor: Jefferson Alvarenga é Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental.

Bibliografia

RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara koogan S.A, 2007. 830 p.

RICKLEFS, Robert E. A Economia da Natureza. 5ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2009. 503 p.

RECH, André Rodrigo et al. Biologia da polinização. Rio de Janeiro. Projeto Cultural, 2014. 527 p.

Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga é criador e editor do Site Biota do Futuro. Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental e em Imunologia e Microbiologia. Apaixonado por educação, pesquisa e por divulgação científica.
Como citar este conteúdo: ALVARENGA, Jefferson. Anatomia e Fisiologia da reprodução em Angiospermas. Biota do Futuro [S.I]. Betim, Minas Gerais, 02 de maio de 2015. Notícias. Disponível em https://www.biotadofuturo.com.br/anatomia-e-fisiologia-da-reproducao-em-angiospermas/. Acesso em: 04/05/2024.

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