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Monocotiledôneas e eudicotiledôneas

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As plantas com flores são em sua maioria monocotiledôneas ou eudicotiledôneas. O que significa isso? O que distingue monocotiledôneas de eudicotiledôneas? Como reconhecer uma e outra?

Nas monocotiledôneas a semente forma um corpo único com um só cotilédone. Nas eudicotiledôneas a semente apresenta duas partes ou cotilédones.

Mas as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas apresentam ainda outras diferenças morfológicas importantes.

As FLORES das eudicotiledôneas apresentam quatro ou cinco elementos. Nas monocotiledôneas os elementos florais são geralmente em número de três.

O PÓLEN das eudicotiledôneas é triaperturado, ou seja possui três poros ou sulcos. As monocotiledôneas têm o pólen monoaperturado com um só poro ou sulco.

As eudicotiledôneas apresentam crescimento secundário e nas monocotiledôneas o crescimento secundário é raro.

Os feixes vasculares do caule das eudicotiledôneas dispõem-se em forma de anel. Nas monocotiledoneas os feixes vasculares do caule apresentam disposição complexa.

Tanto em eudicotiledôneas como em monocotiledôneas a raiz emerge da semente no interior do solo. A primeira raiz da planta origina-se do embrião sendo chamado de raiz primária.

Porém nas eudicotiledôneas no processo de germinação a planta em desenvolvimento emerge do solo por uma curvatura para fora de estruturas chamadas HIPOCÓTILO mais próximo da raiz ou EPICÓTILO mais próximo ao cotilédone.

Se for o hipocótilo que se curva como na semente do feijão ele puxa os cotilédones para cima de onde então surgem as folhas após o rompimento dos mesmos. Este tipo de germinação é chamada de EPÍGEA.

Se for o epicótilo que se curva e se alonga, como na germinação da ervilha a planta primordial emerge para a superfície deixando dentro do solo os cotilédones. Este tipo de germinação é chamada de HIPÓGEA.

Os cotilédones quando expostos à luz se tornam verdes e fotossintetizantes.

Em monocotiledôneas uma radícula emerge pelo desenvolvimento da coleorriza que a envolve e a protege gerando a raiz primária. Em seguida o COLEÓPTILO uma estrutura que circunda o embrião é empurrado para cima originando as folhas.

Mas também pode ocorrer em monocotiledôneas o alongamento do cotilédone puxando a semente elevando-a, após o que surge a primeira folha lateral na base do cotilédone junto ao solo.

As FOLHAS nas eudicotiledôneas apresentam vascularização RETICULADA onde os feixes vasculares formam nervuras sucessivamente menores que se ramificam de outras maiores. A maior nervura se dispõe ao longo do maior eixo da folha e as outras se espraiam lateralmente formando uma rede.

Em muitas monocotiledôneas as nervuras têm tamanho similar dispondo-se ao longo do maior eixo da folha PARALELAMENTE sendo interligadas por nervuras menores.

Nas eudicotiledôneas a RAIZ primária é extremamente desenvolvida formando uma raiz pivotante que cresce diretamente para baixo e dela se originam as raízes laterais formando o sistema radicular PIVOTANTE.

Nas monocotiledôneas a RAIZ primária tem vida curta. O sistema radicular das plantas se forma a partir do caule gerando raízes adventícias com suas respectivas raízes laterais formando o sistema radicular FASCICULADO.

No sistema radicular pivotante a raiz penetra mais profundamente no solo. No sistema radicular fasciculado as raízes se agarram tenazmente ao solo sendo essas plantas apropriadas para cobertura de proteção contra erosão.

As raízes de NUTRIÇÃO são raízes finas ativamente envolvidas na absorção de água e íons minerais do solo estando presente nos horizontes superiores ricos em matéria orgânica principalmente os primeiros 15 centímetros.

Foto: Biota do Futuro – Semente de amendoim, uma eudicotiledônea tendo em destaque o embrião em um dos dois cotilédones.

Bibliografia

RAVEN, Peter H. ; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara koogan S.A, 2007. 830 p.

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Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga é criador e editor do Site Biota do Futuro. Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental e em Imunologia e Microbiologia. Apaixonado por educação, pesquisa e por divulgação científica.

Como citar este conteúdo: ALVARENGA, Jefferson. Monocotiledôneas e eudicotiledôneas. Biota do Futuro. Betim, 1 de abril de 2016. Disponível em: https://www.biotadofuturo.com.br/monocotiledoneas-e-eudicotiledoneas/. Acesso em 17/06/2025 às 07:12 h.

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