Um relatório do Banco UBS da Suiça, aponta que o Brasil lidera o Ranking das desiguldades no mundo.
Segundo o relatório, o nosso país tem o maior número de milionários da América Latina, o que seria ótimo, entretanto, a notícia desagradável é que a nação também figura como o país mais desigual do planeta.
A análise cobriu 56 nações e mostra que existe no nosso país uma extrema concentração de riqueza, visto que a distribuição de renda é altamente precária, uma realidade contraditória.
O Brasil está pontuado com um Índice de Gini de 0,82, o que revela uma maior concentração de capital no topo da pirâmide social, diz o Global Wealth Report 2025 do UBS LatAm Acess.
O Índice de Gini varia de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, maior a concentração de renda em um pequeno grupo da população, indicando uma sociedade mais desigual.
Comparativamente, a Alemanha ( com ìndice de Gini de 0,68), Suíça (0,67), exibem menores níveis de desigualdade, enquanto economias como África do Sul (0,81) e Emirados Árabes Unidos (0,81) margeiam o patamar do Brasil.
O Brasil persiste com uma estrutura de renda acentuadamente concentrada, embora muitas narrativas em contrário, mas ao que o estudo do Banco UBS indica, são apenas narrativas.
Segundo o Guia do Investidor, enquanto globalmente a riqueza média por adulto cresce, no Brasil a falta de políticas públicas voltadas à redução da desigualdade, restringe a prosperidade ao acesso de poucos, em relação à maioria da população.
Essa conjuntura, afeta o acesso da maior parte população a saúde, educação, saneamento básico e oportunidades econômicas, dificultando o crescimento sustentável e a inclusão de forma direta.
O Correio Brasiliense informou que na avaliação de Geraldo Biasoto, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), a extrema desigualdade apontada no relatório do UBS é “impulsionada por altas taxas de juros”.





