Uma nova espécie marinha, um animal invertebrado habitando o Oceano Antártico, foi descoberto por cientistas do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, USA.
O animal possui 20 braços e é uma das quatro novas espécies do gênero Promachocrinus que ainda não tinham sido identificadas e nem nomeadas pela ciência.
As espécies foram descobertas em uma série de expedições ao continente gelado entre 2008 e 2017 por pesquisadores marinhos norte-americanos em colaboração com colegas australianos.
O gênero Promachocrinus pertence ao filo Echinodermata (equinodermos), que inclui estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar e lírios-do-mar.
A nova espécie recebeu o nome científico de Promachocrinus fragarius. O animal possui a porção central do corpo parecida com um morango e os 20 braços se estendem a partir dela.
O P. fragarius parece viver em profundidades entre 65 e 1000 metros. Sua cor pode variar de purpúreo a vermelho-escuro.
A morfologia corporal e análises do DNA permitiram a correta classificação dos novos organismos, incluindo o fascinante e curioso P. fragarius.
O estudo relatando a descoberta foi publicado no Invertebrate Systematics do Grupo Csiro Publishing da Austrália.
A biodiversidade da região polar da Antártida é um verdadeiro enígma para a ciência. Descobertas incríveis certamente ainda estão por serem descortinadas o que representará um avanço enorme para o conhecimento destes habitats notavelmente magníficos.
Antes acreditava-se que havia apenas uma espécie destes equinodermos crinoides comatulídeos, do gênero Promachocrinus, a espécie Promachocrinus kerguelensis (Carpenter, 1879).
Posteriormente foram conhecidas as espécies P. vanhoeffenianus (Minckert, 1905), P. joubini (Vaney, 1910), e P. mawsoni (Clark, 1937).
Além da P. fragarius, as outras espécies que somente agora foram nomeadas são a P. unruhi sp. nov, a P. uskglassi sp. nov. e P. wattsorum sp. nov.
Entre as sete espécies do gênero Promachocrinus anotadas no estudo, a P. wattsorum, é restrita às Ilhas do Príncipe Eduardo, no Oceano Índico subantártico; e P. vanhoeffenianus, é conhecida apenas no Mar de Davis. As demais, vivem nos ambientes marinhos próximos à Antátida.
Imagem da capa – Equinodemo – Promachocrinus fragarius – Estrela antártica de penas de morango – Foto Greg W. Rouse – Por Revista Galileu – Reprodução