Ética Conservacionista

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A sociedade de consumo atual mantém uma “ética” de crescimento que atribui ao avanço tecnológico, ao aumento do número de consumidores e ao aumento do PIB, a saúde econômica de um país.

O bem estar é medido pelo ter, a felicidade é buscada no poder de comprar estimulado pela propaganda de massa e pela estratégia de obsolescência programada que induz cada vez mais ao consumismo para escoar os excedentes de produção.

As altas taxas de produção industrial demandam enormes aportes de recursos naturais usados como matéria prima, causando poluição, perda de biodiversidade e produzindo resíduos. Muito lixo.

Além disso, demanda grandes quantidades de energia que são gerados pela queima de combustíveis fósseis, energia nuclear ou hidroeletricidade.

Tudo isso degrada as condições ambientais, afeta a capacidade de suporte e de resiliência dos ecossistemas, alterando o equilíbrio ecológico natural.

A sociedade humana atual se torna cada dia mais insustentável. Nem mesmo as tecnologias mais avançadas poderão se manter ao custo de violar severamente as leis que regem a economia da natureza.

Faz-se necessário portanto, quebrar paradigmas e buscar a implementação de uma ÉTICA CONSERVACIONISTA onde o homem limite sua liberdade e poder de ação em modificar os ambientes naturais, com modos de vida que não apresentam sustentabilidade.

A sociedade tecnológica e de consumo só se sustenta baseada em grandes prejuízos ao meio ambiente e amparada em injustiças.

Grandes parcelas da humanidade sofrem com privações de toda ordem desde o fornecimento de água potável, o acesso às descobertas cientificas mormente às da área da saúde, o saneamento básico precaríssimo, passando pela falta de oportunidades de trabalho, alimentação e educação digna.

Com isso surgem os problemas sociais que se agravam trazendo em seu bojo a violência.

Enquanto isso pequenas parcelas da população do globo esbanjam e desperdiçam, esgotando os recursos do planeta.

A ética conservacionista deve reconhecer que todos os outros organismos considerados benéficos ou não, têm o direito de existir e os humanos como espécie mais evoluída têm o dever moral de protegê-los.

Isso deve ser urgente, mesmo às custas do sacrifício do paradigma do bem estar baseado no consumismo, imposto ao longo dos séculos após a revolução industrial.

Mas o surgimento de uma nova sociedade ambientalmente sustentável não significa estagnação ou o fim do progresso.

Atividades humanas que não explorem de forma devastadora os recursos naturais, respeitando a capacidade de suporte do meio ambiente e que não causem degradação ambiental poderiam ser os elementos geradores de uma economia que favoreça a própria sobrevivência humana e a dos demais habitantes do planeta.

É hora de colocarmos à prova a criatividade e o gênio humano na busca de soluções para manutenção e sustentação da vida a nível de biota e biosfera.

Precisamos viver e deixar que os outros organismos vivam também. E todos em paz.


* O conteúdo do site é produzido a partir de fatos concretos e de conhecimento baseado em evidências. Novas informações e ou avanços da ciência podem ensejar atualizações e aprimoramentos. Encontrou algum equívoco? Reporte-nos! *
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Jefferson Alvarenga

Jefferson Alvarenga é criador e editor do Site Biota do Futuro. Biólogo, Pós Graduado em Gestão da Saúde Ambiental e em Imunologia e Microbiologia. Apaixonado por educação, pesquisa e por divulgação científica.

Como citar este conteúdo: ALVARENGA, Jefferson. Ética Conservacionista. Biota do Futuro. Betim, 2 de maio de 2015. Disponível em: https://www.biotadofuturo.com.br/etica-conservacionista/. Acesso em 05/12/2025 às 10:21 h.

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