O Alzheimer é uma condição neuro degenerativa, ocasionada pelo acúmulo da protéina beta-amiloide no cérebro, um dos principais fatores responsáveis pela evolução da doença.
A formação de placas de beta-amilóides no cérebro bloqueia as sinapses entre os neurônios, dificultando e até impedindo a transmissão dos impulsos nervosos.
Atualmente, estão em desenvolvimento alguns tratamentos imunoterápicos ativos para prevenção desse transtorno.
Esses tratamentos podem ensinar o sistema imunológico a reconhecer e remover a proteína beta-amiloide do organismo, de forma segura assim como as vacinas fazem com patógenos como os vírus.
Uma Startup suíça de biotecnologia está trabalhando na ACI-24.060, uma tecnologia farmacológica contra o Alzheimer que visa estimular um anticorpo da própria pessoa para combater o acúmulo de beta-amiloide.
A imunoterapia ativa é um avanço, pois as medicações administradas até o momento têm a finalidade de evitar a progressão do mal, após o diagnóstico apenas.
Tanto essa abordagem como outros estudos modernos podem fazer o organismo evitar a causa do Alzheimer e impedir a neurodegeneração.
Na fase 1 do estudo com a ACI-24.060 em andamento, o laboratório A AC Immune, aplica a droga através de injeções intramusculares durante 12 meses.
O Brasil poderá ser incluído nos testes da fase 3, em função das características peculiares de nossa população, o que colocará o país em condições de incorporar o medicamento com maior brevidade.
Técnicas diagnósticas avançadas como o Precivity AD2, um exame realizado no sangue, por exemplo, pode levar a um prognódtico de risco antecipado, possibilitando que o paciente possa ser tratado preventivamente.
Uma outra tecnologia em desenvolvimento é a vacina ALZ-101, produzida pela biofarmacêutica Sueca Alzinova, em teste através de 4 doses.
Também o Professor de Neurologia na Escola de Medicina de Harvard, Howard L. Weiner e líder em pesquisas sobre o Alzheimer há quase 20 anos, trabalha já há algum tempo em uma vacina a ser administrada na forma de um spray nasal.
O objetivo do grupo de estudo do Professor Weiner é o mesmo dos anteriormente relatados, prevenir ou impedir a progressão do Alzheimer, mas através do seu composto farmacêutico, o Protollin.
O Brigham and Women’s Hospital, o segundo maior hospital universitário da Escola de Medicida de Havard, ficou responsável por conduzir os testes clínicos da fase 1, que também prevê o estímulo do sistema imunulógico como mecanismo para eliminar ou impedir a formação das placas amiloides
A fase 1 dos ensaios clínicos é o momento dos estudos onde são avaliadas principalmente a segurança e onde é determinada a dose ideal a ser usada nos tratamentos.
Outras farmacêuticas como a Eli Lilly e a Biogen também estão pesquisando tratamentos preventivos para o alzheimer.
O Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência que leva deterioração progressiva da memória e confusão mental principalmente no envelhecimento.
Para um tratamento ser aprovado os estudos precisam seguir uma metodologia padrão ouro que envolve ensaios clínicos randomizados, duplo cegos, controlados por placebo.
Imagem da Capa – Idoso – Foto de Matthias Zomer – pexesl.com