Consumo Responsável


O QUE É SOCIEDADE DE CONSUMO?

É a sociedade surgida após a revolução industrial com o aparecimento das linhas de montagem e a especialização do trabalho. Na sociedade de consumo, a oferta de bens e serviços excede à procura.

Para se escoar a produção recorre-se à estratégia de propaganda e de marketing e à utilização do recurso da obsolescência como forma de impulsionar permanentemente o escoamento da produção.

Introjetou-se na sociedade a idéia de que o ser humano vale pelo que tem, com o mito da felicidade obtida pela posse dos objetos, atendendo-se ao modismo como forma de integração social e de sucesso.

Surge o CONSUMO DE MASSA e o CONSUMISMO, um tipo de consumo incontrolável, irresponsável, onde a felicidade está em ter cada vez mais, aumentando a pressão sobre os recursos naturais utilizados na produção dos bens.

Tudo isso gera ainda a produção dejetos, poluição, desperdício, aumentando a visão antropocêntrica sobre a natureza, com a humanidade subordinando-a aos seu padrões de desenvolvimento e conforto.

Hoje em dia reconhece-se a sociedade de consumo como uma das principais causas da degradação ambiental e do desequilíbrio ecológico nos ecossistemas, que compromete a sustentação da vida na Terra.

Note bem, estamos falando da sociedade de consumo e consumismo, não das pessoas que consomem somente o necessário, sem desperdícios e sem exageros.

PARADOXO SÓCIO AMBIENTAL

O planeta vive um paradoxo ambiental e social. Um paradoxo que coloca em risco não só a nossa espécie como todas as demais as quais temos o dever de preservar e defender.

De um lado estudos apontam que os níveis atuais de interferências antrópicas, isto é aquelas realizadas pelos seres humanos no planeta, ameaçam o funcionamento da biosfera, comprometendo a sustentação da vida.

De outro, as populações demandam cada vez mais recursos para a manutenção de uma sociedade consumista ao extremo, baseada no desperdício .

Além disso o acesso às tecnologias e avanços científicos e ao conforto que estas conquistas proporcionam, não são democráticos, sendo restrito a uma pequena parcela da humanidade.

Bilhões de pessoas no mundo ainda sofrem com a falta de saneamento, com a fome, com o desemprego.

O acesso aos serviços de saúde e à educação dignos ainda coloca grande número de pessoas à margem de importantes conquistas sociais e científicas.

Entretanto, os resultados dos severos impactos ambientais impostos ao planeta, atingem indiscriminadamente à todos, mas com maiores consequências para os menos favorecidos principalmente idosos e crianças. Como mudar esse paradigma? Há tempo para isso? Ou já estamos no limiar de um caminho sem volta?

PRODUÇÃO E SUSTENTABILIDADE

A produção sustentável é possível, com enormes benefícios para todos.

Mas é preciso uma reeducação da sociedade, para um novo paradigma, onde o consumismo exagerado seja posto de lado em prol de uma maior harmonia com a natureza.

Os serviços ecossistêmicos prestados pelos diversos organismos na economia da natureza vão ficando cada dia mais comprometidos com a ação predatória do elemento humano, principalmente a partir da Revolução Industrial.

A invenção das linhas de produção, a obsolescência programada, e a propaganda de massa levaram as pessoas a trocar o “ser” pelo “ter”. E tome desperdício, e mais produção de resíduos.

E isso vai afetando mais e mais o equilíbrio ambiental que sustenta os processos ecológicos no Sistema Terra. A biosfera vai se deteriorando.

O progresso humano é fantástico em toda as áreas.

Mas esse progresso, no modelo atual está em conflito com a capacidade de suporte dos ambientes naturais colocando em risco a sustentação da vida.

É tempo de repensarmos os nossos modos de produção e consumo.

Democratizar o acesso às tecnologias e aos produtos fabricados com os recursos ambientais, é tarefa árdua nesse processo.

O conforto material e a melhoria da qualidade de vida é uma aspiração legítima das coletividades humanas.

Entretanto a maior parte da humanidade ainda é privada do acesso às conquistas da ciência e da tecnologia em todos os campos. É preciso democratizar a utilização dos bens proporcionados pelos recursos da biosfera. Mas também é preciso democratizar os ônus da utilização dos recursos naturais. Esses ônus tem sido mais sentido pelos mais pobres.

Mas também é preciso mais responsabilidade e parcimônia ao lidar com os recursos ambientais e as transformações que o ser humano pratica nos ecossistemas. Sob pena de termos que pensar em breve seriamente no conserto da biosfera e recuperação da biota e dos diversos organismos essenciais ao seu funcionamento. Se ainda der tempo.

Talvez observando mais os processos biológicos que ocorrem na natureza, os seres humanos entendam que para a manutenção das condições de vida para as futuras gerações é preciso mais respeito com o planeta. Urgentemente!

Você sabia que a sociedade de consumo atual, utiliza mais recursos naturais do planeta do que ele pode suportar? O consumismo aumenta o fluxo do capital monétário. E aquece a economia formal que alimenta nossos padrões de produção e consumo atuais seguindo um modelo predatório para o meio ambiente! Este modelo está exaurindo o CAPITAL NATURAL, afetando enormemente a economia da natureza, de cujo equilíbrio depende a vida! Precisamos rever nossos conceitos, a favor do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, conciliando conforto e proteção à natureza!