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quinta-feira, 28 março 2024


O TRANSMISSOR

Os mosquitos habitam na Terra muito antes que o homem, cerca de  30-54 milhões de anos atrás. A maior parte dos fósseis encontrados datam do Período oligoceno, com espécimes dos gêneros Aedes, Culex e Mansonia.

O Gênero Aedes inclui espécies de mosquitos característicos de zonas climáticas tropicais e subtropicais. O nome Aedes, provém do grego e significa odioso, provavelmente pela sua capacidade de transmitir doenças.

A espécie Aedes aegypti é o principal transmissor do vírus da Dengue. Mas em 1986 foi detectado a espécie Aedes albopictus que também transmite a doença.

O mosquito tem aspectos bem característicos com listras pretas e brancas no corpo e nas patas. Além de transmitir a dengue o Aedes pode transmitir também a febre amarela, a febre zica cujo agente etiológico é o Zica Vírus e a chikugnya.

Pertencentes ao filo dos artrópodes são insetos, dípteros, sendo os adultos alados e possuem pernas e antenas longas.

O estudo da biologia destes organismos indica que somente as fêmeas exercem a hematofagia. As fases imaturas são aquáticas. O ciclo de vida destes animais compreende as fases de ovo, quatro estágios de larva, pupa e adulto.

A importância dos mosquitos sob o ponto de vista da saúde humana está em sua capacidade de albergar formas virais patogênicas, causadoras de diversas doenças.

A transmissão ocorre pela picada do inseto ao se alimentar do sangue humano. O controle destes organismos é de fundamental importância para a saúde coletiva. Normalmente, as interferências antrópicas no meio ambiente, propiciam condições ecológicas favoráveis para proliferação dos mosquitos junto às populações humanas.

Os gastos com saúde pública envolvendo o tratamento de doenças transmitidas por vetores são enormes. Muito poderia ser evitado, através de ações preventivas, com estudos apurados sobre a ecologia dos mosquitos e possíveis formas de controle biológico que possam diminuir os impactos causados pelos seres humanos nos ecossistemas, com foco na saúde ambiental.

É preciso encontrar formas de interferência a favor da saúde coletiva, tendo como premissa, o fato de sermos também integrantes dos sistemas naturais, que quando alterados provocam desequilíbrios que afetam a vida como um todo.

Somente quatro tipos dentre os 180 arbovírus presentes no Brasil são agentes causadores das arboviroses Dengue, Febre Amarela, Oropouche e Mayaro em humanos, acrescentadas daquelas causadoras de encefalites como o Rocio.